Um dia, a turma de uma escola foi a uma biblioteca. As crianças tagarelavam pelo caminho, cada par conversando sobre seus próprios assuntos, sem se ouvirem umas às outras... E assim o bando barulhento de crianças movia-se lentamente, mas precisamente em direção à biblioteca da cidade.
Nada ao redor interessava às crianças; elas haviam caminhado por ali milhares de vezes. A mesma grama, as mesmas árvores.
No entanto, ao chegarem à biblioteca, tudo mudou. Logo na porta da majestosa biblioteca, as bibliotecárias silenciaram.
“Silêncio, crianças!”, disse a professora, repetindo com o dedo nos lábios.
E as crianças, mesmo relutantes, finalmente se calaram. Primeiro, os bibliotecários explicaram como funcionava a biblioteca. Depois, as crianças poderiam ver os livros por si mesmas. Se um livro chamasse a atenção delas, poderiam pegá-lo emprestado e levá-lo para casa. Todos estavam animados — exceto o pequeno Joe.
“Você não gosta de livros, não é?”, perguntou a bibliotecária quando percebeu que o menino estava um pouco perdido.
“Eu não gosto de letras”, ele disse baixinho, com a cabeça baixa.
Mesmo na escola, ele tentava evitá-las. As letras estavam sempre dançando e se contorcendo na frente dos seus olhos. Não havia como capturá-las e lê-las corretamente. Seus colegas sempre zombavam dele por isso.
“Então, vamos procurar alguns livros com figuras. Você pode achar algo interessante”. A bibliotecária pegou na mão de Joe e o levou até a estante de livros ilustrados.
Embora Joe fingisse que estava procurando algo, na realidade, desejava estar bem longe dali. Enquanto estava por perto dos livros, de repente, bateu o cotovelo em um livro que estava para fora da prateleira. E ele caiu bem na frente dos pés de Joe.
“Ai!”, ele ouviu de algum lugar.
Joe estremeceu. Não havia ninguém por perto.
“Você poderia me…