Era uma vez um diabinho que vivia na floresta, perto de uma aldeia. As pessoas o chamavam de diabinho porque ele era pequeno e feio. Ele construiu uma cabana para morar que tinha somente um cômodo apertado. Não havia fogão, apenas uma lareira no meio. Em vez de uma chaminé, havia um buraco no telhado de palha. O diabinho gostava de cozinhar no fogo. De manhã, ele ia colher cogumelos na floresta e, à tarde, os moradores viam, de longe, seu corpo corcunda coletando ervas nos campos.
"Pois eu te digo, ele é um feiticeiro!", as mulheres sussurravam umas para as outras, para que o diabinho não conseguisse escutar ou, Deus os livre, até mesmo amaldiçoasse alguém. Os homens não ligavam muito para ele, mas também não deixavam seus filhos brincarem perto da floresta, por segurança.
Em uma primavera, o vento destruiu algumas casas da aldeia. No verão, o sol queimou as plantações dos fazendeiros. No outono, choveu tanto que toda a colheita apodreceu. E no inverno... Ah, bem... Os moradores da aldeia achavam que tudo era culpa do diabinho.
"Temos de conseguir expulsar ele daqui", concordaram os homens. Mas ninguém estava disposto a ir para a floresta. Eles se arriscavam a ir até lá somente quando precisavam: para buscar madeira ou colher frutas silvestres e cogumelos. E sempre se mantinham nas bordas da floresta.
O diabinho também nunca se aventurava a ir até a aldeia. Ele cultivava tudo o que precisava em um pequeno campo atrás de sua cabana.
Mas o destino quis que um dia tudo mudasse. De manhã cedo, um pai e sua filha foram à floresta para colher cogumelos. Como não encontraram mais cogumelos na borda da floresta, eles decidiram se arriscar e foram um pouco mais para dentro. A floresta ainda…
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