Lenka Kulichova
A coruja que era chamada de estúpida
Parece que Pauline, a coruja, não é tão sábia quanto as outras corujas, e isso a incomoda muito. No entanto, uma médica resolve esse problema, e Pauline descobre que, afinal, não é burra!
Em um lugar muito distante, acima de montanhas muito altas e além de campos enormes, vivia um guarda florestal com sua esposa e dois lindos filhos, sua filha Ana e seu irmão mais novo Daniel. Todos viviam felizes juntos até que um dia aconteceu uma terrível tragédia. A mãe ficou muito doente e nenhum médico conseguiu curar sua doença. Depois que ela faleceu, se sentia uma grande tristeza na casa e o pobre guarda florestal teve de cuidar dos filhos sozinho.
Depois de algum tempo, ele decidiu que eles não deveriam crescer sem uma mãe. Ele encontrou uma nova esposa que também tinha uma filha e, depois de se casarem, elas foram morar com a família. Mas a madrasta não era nada parecida com a mãe deles. Embora fingisse ser simpática e gentil no início, assim que mudou para a casa, se transformou em uma mulher cruel, uma verdadeira bruxa má.
A filha herdou da mãe a crueldade. Ela era igualmente má e cheia de ódio. Em pouco tempo, o guarda florestal já não era bom o suficiente para sua nova esposa e, um dia, ela decidiu se livrar dele. Ela preparou uma forte poção de veneno e envenenou seu novo marido.
De repente, Ana e Daniel ficaram órfãos e desamparados. A madrasta e sua filha má maltratavam e atormentavam eles, do amanhecer ao anoitecer. Eram espancados, obrigados a fazer todas as tarefas da casa e eram alimentados somente com restos de fígado e cebolas velhas que ninguém mais queria comer. Todas as noites, a madrasta os trancava em um galpão sujo, onde tinham de dormir.
As pobres crianças viviam esse pesadelo todos os dias, o que parecia ser uma vida inteira, até que uma noite decidiram fugir. Afinal de contas, as coisas não poderiam piorar…